Por mais inteligente e popular que o Google possa ser, não há qualquer garantia de que seu sistema operacional, o Chrome OS - prometido para o final deste ano, seja um sucesso. Às vezes, a criança mais esperta e querida na escola simplesmente quebra a cara. E há grandes chances de a plataforma estar na pele dessa criança.
Se tudo o que o gigante de buscas está prometendo irá se concretizar no mundo real ainda é cedo para dizer. Mas existem cinco motivos que nos fazem pensar que ele não vai dar certo:
1. Nem tudo nessa vida é netbook
Netbooks, pequenos computadores voltados para navegação na internet, podem ser importantes, mas continuam representando uma fração das vendas de PC. E a aposta do Google baseia-se em uma forte demanda por computadores menos potentes.
O gigante de buscas levaria certa vantagem sobre a Microsoft, que precisa vender seu sistema operacional – enquanto isso, o Google pode simplesmente dá-lo de presente.
No entanto, outros sistemas operacionais foram dados de graça por anos e a Microsoft ainda está aí, firme e forte. Atualmente, o Linux responde por cerca de 1% do mercado de sistemas operacionais e já perdeu a batalha pelos netbooks. O motivo disso, convenhamos, não é o Windows.
O Google está contando com usuários de computadores pequenos, não ligados a aplicativos específicos, e dispostos a aceitar preço baixo e, talvez, facilidade de uso em um ambiente mais familiar e poderoso.
Será que isso é suficiente para desafiar a Microsoft?
2. A Microsoft pode pegar pesado
Imagine que Steve Ballmer simplesmente acorde amanhã e diga: "O Windows 7 NB [para notebooks] será gratuito até 2010. Começando a partir de agora". Qualquer coisa que o Google possa fazer, a Microsoft também pode – ao menos teoricamente.
É pouco provável que órgãos reguladores intervenham em uma ação dessa natureza, afinal a Microsoft estaria reagindo à investida de um poderoso concorrente. E fixar uma data final para a gratuidade – que sempre pode ser estendida – permite que a Microsoft cobre depois de o Chrome OS ter sido derrotado.
Mas a Microsoft precisa fazer isso? Não. Há fortes evidências – o Linux nos netbooks, por exemplo – de que a empresa pode - e provavelmente irá - continuar cobrando por aquilo que outros dão de graça.
Não subestime o que pode acontecer quando a Microsoft se enfurece. O maior inimigo da empresa nos últimos anos foi ela mesma. Uma nova ameaça externa pode ajudar Ballmer & Cia a afiar o pensamento e responder como um feroz sistema imunológico para isolar e destruir um organismo externo, como o Google.
3. Google Docs é o melhor que eles podem fazer
Até agora, os esforços do Google ao criar uma nuvem de aplicativos foram bem fraquinhos. Veja todas as coisas que o Google Docs não faz e que as pessoas precisam, ao menos de vez em quando.
O Google ainda precisa provar que aplicativos como serviços web podem substituir os que hoje estão instalados no PC. Até agora, nem chegou perto disso.
A estratégia de computação em nuvem do Google, por enquanto, foi a de “aplicativos leves”, que pode até ser boa para uso ocasional, assim como um netbook também é.
4. O Chrome OS não é um sistema operacional "real"
Se nós estivéssemos desenvolvendo o Chrome OS, faríamos o máximo possível para esconder o sistema operacional e esperaríamos que os usuários não percebessem o que foi deixado de fora. Isso é possível?
Até que ponto algo que parece e funciona como um sistema operacional precisa ser apresentado aos usuários? Quantas funcionalidades podem ser sacrificadas em nome da facilidade de uso?
O Google descreve o Chrome como se um sistema operacional pudesse fazer seu trabalho nos bastidores. Não temos certeza se isso é tão possível quanto o Google acredita ser.
Quanto mais o Chrome OS se aproximar de um SO “real”, mais parecido com um Linux ele deve ficar. Com todos os benefícios e problemas decorrentes dessa semelhança.
5. Compatibilidade
Compatibilidade, tanto de hardware quanto de software, era o principal motivo pelo qual o mundo apontou a Microsoft como a Rainha da Computação. Talvez você não se lembre dos velhos tempos dos processadores de texto, planilhas e arquivos independentes entre si e totalmente incompatíveis. Mas nós lembramos.
A Microsoft se tornou um monopólio por ter sido a única fabricante a conseguir satisfazer melhor as necessidades de mais usuários. E fez isso impondo padrões. Os usuários elegeram a Microsoft como vencedora e não querem se preocupar com problemas de compatibilidade.
Nossa opinião é de que o Chrome OS será um sistema operacional de denominador comum menor para computadores menores e mais baratos.
É bem verdade que computadores desse tipo fazem 80% de tudo aquilo que a maior parte dos usuários precisa todos os dias. Entretanto, os outros 20% requerem softwares específicos, às vezes hardware específico, e talvez mais potência do que um netbook pode oferecer.
Compatibilidade é, sim, importante. E mesmo consiga ser completo até onde ele possa ser completo, sempre há mais a ser atingido. Eis porque o Windows, por mais frustrante que seja muitas vezes, tende a prevalecer: a Microsoft acredita que regra dos 20% vale mais do que aqueles que defendem que “80% é o suficiente”.
O exemplo que usamos – e isso se aplica igualmente aos computadores da Apple – é o alto número de aplicativos especializados que existem apenas no Windows. Eles poderiam ter sido desenvolvidos para Mac ou Linux, mas como o Windows é tão preponderante, os fabricantes não veem motivo para investir em outras plataformas. E, no limite, sempre se pode virtualizar o Windows nestes ambientes.
Alguém pode querer comprar um netbook para substituir um notebook com Windows e usá-lo com um aplicativo que não requer tanta potência, mas que está disponível apenas para Windows.
O Chrome OS vai ter que se tornar mais popular do que podemos imaginar hoje. Algumas pessoas simplesmente precisam do Windows e vai levar tempo para que o Google consiga negar isso.
Não estamos prevendo o fracasso do Chrome antes mesmo de ele ser lançado. Mas é inevitável avaliar os desafios que todo novo sistema operacional encara. São muitos, grandes e importantes e, até agora, ninguém chegou perto de superar todos eles (nem a Microsoft, diriam alguns).
Creditos: gamevicio
O maior motivo que pode fazer o GCOS não dar certo são a preguiça, o comodismo e a falta de visão das pessoas, que preferem pagar por algo que no estado atual da tecnologia deveria ser de graça e muito mais avançado. Há uma legião de adoradores da Microsoft, além dos milhares de vendedores, disfarçados de MCP, MCT e MSnão sei o quê... O grande mérito da MS foi ter popularizado os pcs, infelizmente à custa do sacrifício da concorrência e da inovação. Já há muito a MS não inova, apenas reage ou copia.
ResponderExcluirA Microsoft detém um conhecimento de décadas e de vários SO sucessivos. Conhecimento é poder, e o Google ainda tem muito chão para percorrer até dar medo à Microsoft. Quem sabe uma década ou mais.
ResponderExcluirEm geral, quem é entusiasta de SO diferentes são pessoas que entendem de informáticas ou engenheiros, com poucas exceções. A esmagadora maioria das pessoas no mundo não tá nem aí pra software livre. Até pq já compra o comput com o Windows ou compra pirata. As pessoas querem somente ligar seu computador e ver ele funcionando e a internet tb, não importa se é IE, firefoz, Linux, etc. Só com 1 detalhe: Pra quem é leigo, o Windows e Cia despertam mais credibilidade.
Eu acho q o chrome ta tendo mais publicidade doq ele realmente pode ser. A imprensa basicamente ta falando: "TREMA, MICROSOFT!", mas ninguem nunca nem viu o sistema.Ta sendo como foi com o obama:"o obama vai salvar o mundo, o obama vai tirar meu gatinho da arvore, o obama vai tirar crianças de uma creche pegando fogo". Nao que ele nao esteja fazendo um bom serviço, mas se fosse ruim, todo mundo quebraria a cara
ResponderExcluirE apesar de todos os travamentos, conflitos, bla bla bla, o windows sempre sera o windows
Esses motivos foram publicados no IDG Now. Se vc não citar a fonte, as pessoas podem pensar que foi vc que elaborou, tornando-se plágio.
ResponderExcluirachu que você não viu o final do post, esta escrito "creditos: game vicio" copiei de lá
ResponderExcluirsim eu visto a camisa do bill gates.
ResponderExcluirA Google ficou nervosinha porque a Microsoft lançou o Bing. :)
ResponderExcluirSe o Mac até hoje tem poucos jogos, não vai ser esse OS que vai ter.
Na boa, usar linux pra mim só pra fins profissionais, não tem como deixar de usar windows. Então, esse tipo de polêmica nem me afeta, os caras nem lançaram o SO ainda e já tá esse bafafá, imaginem quando lançar?! O mundo vai acabar(pelo menos como o conhecemos... rsrsrsrs).
Ainda acho que você não entenderam a estratégia do google, a ideia não é a concorrencia em si. Mas a demostração de tecnologias.
ResponderExcluirDo mesmo modo que a micrsoft pode fazer o bing, com a interface mais rica e tudo mais, o google tem capacidade de fazer um sistema operacional.
Resta agora sabermos se a usabilidade e desempenho será ao mesmo nível dos demais produtos
Eu to é me lixando pra Microsoft e Google. Continuarei com o Mac que e usando o navegador mozila firefox. Gogle só pra buscas e Microsoft só para o MSN.
ResponderExcluirhum sei se tudo isso pode ser levado em conta, por exemplo, "nem tudo é netbook" é uma realidade no brasil mas nos EUA é bastante comum, praticamente todo estudante tem um note ou um net. sobre a compatibilidade a uma chance de as empresas reconhecerem a popularidade q esse sistema terá e criar versões para o mesmo. Acredito também que o google não é ingenuo de entrar nesse tipo de mercado apenas com ferramentas simples de office. A MS pode lançar edições gratuitas do windows mas praticamente 90% dos usuários do windows usam versões piratas dele aqui no brasil então o fato de ser um sistema do google ainda ganha pontos por ser novidade.
ResponderExcluirpra mim, desde que o google chrome SO não vire apenas outro linux da vida pode ser um concorrente poderoso para a MS
Eu acho incrível esses fanáticos, quase religiosos, da legão free software. Esses se disfaçam e no fundo querem apenas que "seus" opensource se tornem um padrão para que eles possam vender consultoria - igualzinho aos MCT, MCP.
ResponderExcluirPessoal, não existe almoço de graça! Larguem a hipocresia de lado.
Pior, software livre não tem controle de qualidade e, sendo otimista, pelo menos 90% é puro lixo que não seria usado nem pela "diabolica" Microsoft.
Eu sou antigo na área de TI, usuário de 8 OS. Já fui louco por OS/2, FreeBSD, Macs, MS etc etc. Mas, no fundo, sou louco por aquele que me dê um bom emprego porque tenho conta pra pagar.
Olhando do ponto de vista técnico, cada um deles tem seu lado nobre e também o seu lado pobre.
Na minha empresa temos 3 OS além dos populares MS que compramos. Cada um no seu papel.. nenhum melhor que ninguém.. Apenas, cumprindo o seu papel.
Pensem nissos caros colegas de área, mas, ingenuos que acham que tudo é de graça. Quero saber se vocês acham que na vida temos: OpenAluguel, OpenSupermercado, OpenHospitais etc...
Se acreditam nesse mundo, mudem pra Cuba.
Eu acho que os fãs da microsoft que gostam de pagar por software reativo de baixa qualidade devem agradecer a qualquer um que ofereça o mínimo que seja de ameaça. Só assim para ganharmos migalhas maiores, como o windows 7. Muitos dizem que o windows vem de graça nos pcs, hahaha, isso é ridículo. Se viesse sem esse windows de graça, o pc custaria uns R$ 200,00 a menos. A qualidade do software livre pode ser muito superior ao do proprietário, uma vez que há milhares de auditores espalhados pelo mundo todo.
ResponderExcluirÉ uma questão de tempo até a MS começar a distribuir suas "maravilhas" "de graça". Já começou a fazer assim com vários programas. Tudo isso graças à concorrência. Uma hora a massa acorda, os integradores já começaram a perder a paciência com o modelo opressor da ms. Empresa nenhuma pode suportar muito tempo milhões de programadores, analistas e especialistas motivados. Quem ganha com isso somos todos nós, inclusive os amantes do software pago. O Google Chrome OS é só mais u ma distribuição do linux. O ubunto vem aí detonando, logo depois do lançamento do windows 7.